Instituto_de_Odivelas
29 de março de 2006
25 de março de 2006
Uma lágrima de saudade

"Bem Sofia pediste-me para fazer um post! Pois bem: aqui estou, com o mais puro reflexo de sinceridade, amizade e sobretudo, saudade.
Pois é Sofia, para mim passaram (a mim pareceram-me) décadas, mesmo milénios distante de vocês: as minhas grandes amigas, as minhas grandes irmãs!
Tantas vezes durante a noite chorei saudades embrulhadas no tempo…esse que nos distanciou…
Não calculas quantas vezes tentei visitar-vos…mas digamos que em linguagem corrente “levei alta tábua”…mas felizmente, há uns tempos tu e a Ana Maísa contaram-me do aniversário do I.O...
Confesso que quase tive para não ir: primeiro porque não tinha transporte para lá e depois porque tinha medo, receio de que depois de tantos anos passados entrasse por aquelas portas que tanto me proporcionaram bons momentos, como maus momentos…Mas isso é como tudo na vida…
Não o nego: durante anos e anos morri de saudades vossas, esperei por um sinal vosso e ele chegou passados 3 anos, escrito pela Ana Maísa, que me perguntava se eu sabia quem ela era e se me lembrava de vocês: é óbvio que sim…o tempo separa-nos mas não se esquece o que para nós é verdadeiramente essencial.
Sonhei com o dia em que entrava nessas portinhas do nosso tão adorado I.O. mas acobardei-me…acobardei-me pelo passado, pelo presente e até mesmo pelo futuro.
E então chegou o dia – o grande dia – avançava para a entrada e entre cada passada minha era irradiado nervosismo. Esperei! Olhei para todo o colégio…dizendo para mim e para os meus botões “Não vais chorar Ana” mas essa deixa era tão eficaz como que o pai Natal existe; e há medida que me aproximava travava uma luta interior: seria raiva, a alegria, tristeza?
Não sabia bem…mas o meu coração batia descompassadamente, como se eu duplamente estivesse a cometer um erro e uma das coisas mais felizes da minha vida. Apesar de tal, aproximei-me e cheguei ao portão e encontrei o porteiro e uma senhora…gaguejei! E perguntei se podia entrar apesar de não ter o símbolo do IO, mas que trazia em minha posse algumas fotos minhas. Desatei a chorar, ao olhar para aquela entrada, as pessoas lá presentes tentavam acalmar-me e ao mesmo tempo sorriam enternecidas… eu olhava para todo o lado, como se fosse a primeira vez que estava a ver algo com olhos de ver.
Disseram-me a mim para entrar e que vocês, iam de certo gostar de me ver…avancei como se ainda aí andasse, conhecia o caminho: estranho! Avancei…a chorar como tudo e fui até ao centro do claustro, pus-me em cima da fonte, como tantas vezes o tinha feito, entre brincadeiras…
Saltei para o chão… a suspirar saudades infinitas e aproximei-me num passo de corrida a ouvir Melanie C., aquela música que tanto nos fascina, e toquei na maçaneta da porta do refeitório, a ouvir os talhares, os sorrisos, a ouvir-vos! O quanto eu sonhei com aquele dia! E abri a porta, procurei a vossa mesa e não muito longe da porta por onde tinha entrado encontro-vos…. Tu vens direita a mim…eu chorava!
Olha foi um momento lindo que nunca vou esquecer, tal como todos os bons momentos e tudo o que é bom e magnífico, não se esquece…E é por isso que eu nunca vos esqueci. Como poderia eu…? Guardei-vos tanto tempo dentro de mim, dentro das minhas lágrimas, dentro do meu mundo, dentro dos meus sorrisos…e é lá que vão continuar a estar, agora a vermo-nos mais tenho a certeza e podendo dizer ao mundo aquilo que eu sonhei dizer-vos tantas vezes à noite, aquilo que se explica com o rebentar das ondas, aquilo que se explica com o soprar do vento, aquilo que não se explica e que se sente…poder dizer e ouvir: adoro-vos!
IO sim salve nosso, salve nosso Instituto! PAH CADA VEZ MAIS ALTO CADA VEZ MAIS ALTO CADA VEZ MAIS ALTO!
…Um dia fantástico passado na melhor companhia!!"
(Melanie C - fisrt day of my life)
Por:
Ana Claúdia Cardita, 188/99 - "mosquito"